Vigilância Epidemiológica de Barra de São Francisco recebe treinamento para captura de carrapato estrela, transmissor da febre maculosa

23 de fevereiro de 2022 às 16h17.

Apesar de proibida, a caça e abate de capivaras nas margens dos rios que cortam o município de Barra de São Francisco é uma realidade, bem como a pescaria em locais frequentados por esses animais silvestres, que são os principais hospedeiros do carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), o qual transmite a doença Febre Maculosa Brasileira (FMB).

A doença é transmitida por esses carrapatos, que funcionam como reservatórios da bactéria Rickettsia rickettsii, que são microrganismos que causam a FMB. Além das capivaras os carrapatos podem ser encontrados em cavalos e outros animais de grande porte, cães, aves domésticas e roedores.

Preocupado com a possibilidade de contaminação de pessoas em Barra de São Francisco,a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (Semus) está realizando um treinamento de agentes da Vigilância Ambiental e Epidemiologia para captura e eliminação do carrapato estrela, transmissor da febre maculosa.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Elcimar de Souza Alves, a ação busca prevenir possíveis contaminações, já que, no ano passado, um jovem de 25 anos morreu de febre

maculosa em São Mateus, no norte do Espírito Santo. O caso acendeu alerta para moradores e frequentadores de regiões com rios e matas que podem atrair animais.

De acordo com a secretaria, os sintomas iniciais se parecem com o de outras doenças, até mesmo a Covid-19. Ao ter febre alta, portanto, é importante que o paciente relate ao médico por onde passou. Outro sinal característico da doença é o aparecimento de manchas vermelhas nos membros superiores.

Sobre a febre maculosa

A febre maculosa tem as mesmas características da dengue e da malária. Os sintomas são febre alta e repentina, dor de cabeça intensa, mal-estar geral e dor abdominal forte. É importante que, ao procurar atendimento médico, o paciente relate que teve contato com o carrapato.

A doença é transmitida pelo carrapato Amblyomma cajennense, ou carrapato estrela, infectado pela bactéria Rickettisia rickettsii. Para transmitir a febre maculosa, o animal precisa ficar hospedado cerca de oito horas nos humanos. Todos os mamíferos de áreas rurais podem ser condutores do carrapato.

Cada fêmea de carrapato dessa espécie põe de 6 a 8 mil ovos. Os parasitas são muito resistentes e podem viver até três anos – entre a fase de ovo, larva e carrapato adulto.

A doença surgiu pela primeira vez no Espírito Santo em 1993, em Marilândia. Em 2000 houve um surto de febre maculosa em Pancas. Em 2003, a doença se alastrou também no município de Pancas, em Barra de São Francisco e em Nova Venécia. Em 2004, foram notificados 120 casos, com 11 confirmações e um óbito.

 

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