Prefeitura realiza campanha contra Hanseníase durante Janeiro Roxo

23 de janeiro de 2023 às 13h59.

 

A Prefeitura de Barra de São Francisco, por meio da Secretaria de Saúde, realizou uma palestra na segunda-feira, 23 de janeiro, na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Centro da Cidade, com o tema Hanseníase, em comemoração ao janeiro Roxo, mês de campanhas de conscientização e luta contra a Hanseníase. A Campanha é proposta pelo Ministério da Saúde.

A palestra foi ministrada pela enfermeira Cheila Sangi, teve início às 8 horas, e o público foi pacientes médicos atendidos na UBS, mas nenhum deles portador de hanseníase. 

A enfermeira Cheila Sangi comentou sobre o tratamento da doença: “A hanseníase tem cura e o tratamento está disponível gratuitamente pelo SUS. Estão disponíveis exames para detectar lesões na pele e analisar a sensibilidade da pele e dos nervos dos membros. O tratamento é realizado com antibióticos até a eliminação completa da bactéria, que dura de 6 a 12 meses”.

“A Hanseníase é uma doença perigosa, mas pode ser evitada e tratada e é por isso que a nossa equipe da Secretaria de Saúde está envolvida em diversas atividades esse mês para conscientizar, orientar e atender a população. Caso identifique algum sintoma, procure a UBS mais próxima”, afirma o secretário municipal de Saúde, Elcimar de Souza Alves.

Durante o mês, as Unidade Básica de Saúde estão conscientizando a população através de folders e cartazes sobre os sintomas, riscos e tratamento. Além disso, também são realizadas avaliações em acolhimento (livre demanda) de casos suspeitos.

A Prefeitura também faz divulgação de material de conscientização em suas redes sociais. Ao detectar algum sintoma, você deve procurar atendimento.

 

HANSENÍASE

A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, e atinge principalmente a pele, nervos, olhos e nariz. Ela infecta todas as pessoas, independentemente do sexo e da idade.

Ela é uma doença causada por uma bactéria que se reproduz de maneira lenta e pode ficar incubada no corpo da pessoa infectada por até 5 anos antes de qualquer sintoma se manifestar. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o Brasil registra cerca de 30 mil novos casos de hanseníase anualmente.

O paciente pode sentir dores pelo corpo, além de perder força muscular e a sensibilidade da pele, podendo causar incapacidades físicas permanentes, especialmente nas mãos, pés e olhos.

A hanseníase não mata, mas pode causar incapacidade física permanente. A doença se manifesta na pele em forma de manchas esbranquiçadas, amarronzadas, e acastanhadas. A sensibilidade da pele é alterada, podendo até mesmo perder totalmente durante a infecção. Formigamentos e dormência nos pés e mãos também podem estar presentes.

Cada pessoa pode ter um tipo de hanseníase diferente, que depende da forma que o organismo combate a bactéria, podendo ser: hanseníase tuberculóide, hanseníase virchowiana, hanseníase borderline e hanseníase indeterminada.

 

TRANSMISSÃO

A doença é transmissível por gotículas que saem na fala, tosse e espirros.

A transmissão ocorre através do contato próximo e prolongado (meses) com um doente que não está sendo tratado. Estima-se que a maioria da população possua defesa natural (imunidade) contra esta bactéria e, portanto, a maior parte das pessoas que entrarem em contato não vão desenvolver a doença.

Não existe vacina específica contra hanseníase.

A transmissão da hanseníase ocorre principalmente por meio dos pacientes chamados de multibacilares, os quais apresentam uma grande carga bacilar. Pacientes paucibacilares (com menor carga bacilar) não são considerados uma importante fonte de transmissão.

Outro ponto importante a ser salientado é que, logo no início do tratamento, a pessoa para de transmitir a doença.

O tempo da infecção até os primeiros sintomas aparecerem (período de incubação) é em média de 2 a 7 anos. Após os sinais aparecerem, eles progridem lentamente.

 

SINTOMAS

-Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (frio e calor), tátil (ao tato) e à dor;

-Podem surgir, principalmente, nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nádegas e pernas;

-Áreas apresentam diminuição dos pelos e do suor;

-Dor e sensação de choque, formigamento, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e pernas;

-Inchaço de mãos e pés;

-Diminuição da sensibilidade e/ou da força muscular da face, mãos e pés, devido a inflamação de nervos;

-Ao detectar algum sintoma, você deve procurar um clínico geral ou dermatologista para avaliação.

 

TIPOS DE HANSÍASE 

Os pacientes com hanseníase são classificados, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, em dois grupos: paucibacilares e multibacilares. Aqueles são os que apresentam exames com poucos ou nenhum bacilo; já estes são os que apresentam em seus exames muito bacilos.

De acordo com a classificação de Madri, a hanseníase pode ser classificada em: hanseníase indeterminada (paucibacilar), tuberculoide (paucibacilar), dimorfa (multibacilar) e virchowiana (multibacilar). Veja a definição de cada um desses tipos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia:

Indeterminada: Pacientes possuem até cinco manchas de contornos imprecisos, e, nesse caso, não há comprometimento neural. É a fase inicial da doença.

Tuberculoide: Paciente apresenta até cinco lesões bem definidas e um nervo comprometido.

Dimorfa: Paciente apresenta mais de cinco lesões, com bordos que podem estar bem ou pouco definidos, e o comprometimento de dois ou mais nervos.

Virchowiana: Paciente apresenta a forma mais disseminada da doença, sendo observada grande parte da pele danificada e, algumas vezes, comprometimento de órgãos, como nariz e rins.

Leia também: Bactérias presentes no corpo humano – formação da macrobiota

 

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