De 1º de janeiro até esta quarta-feira, 24, Barra de São Francisco teve 1.958 notificações de casos de dengue de acordo com o setor de Zoonoses da Vigilância Ambiental em Saúde.
O número mostra um aumento de 61,8% em relação ao último dado divulgado pelo setor, em 12 de abril deste ano.
De acordo com a coordenadora do setor, Solange Barbosa, foram confirmados 1.261 casos e descartados 605 casos desde janeiro.
A Vigilância Ambiental em Saúde tem feito um trabalho incansável de bloqueio e eliminação de focos do mosquito transmissor da dengue.
Em Barra de São Francisco os focos tiveram início, principalmente, na Vila Vicente e se espalharam pelo município todo inclusive nos distritos, considerando que várias pessoas que moram no interior precisam vir na rua para resolver assuntos pessoais e acabam levando a doença para a comunidade que moram.
“Os agentes de endemias da Vigilância Ambiental em Saúde estão intensificando as ações em todos os bairros fazendo bloqueio com uso de inseticida e visitando as casas após o horário comercial para atingir máximo de imóveis possível”, informa a coordenadora da Vigilância Ambiental em Saúde, Patrícia Moura.
Patrícia observa que em caso de sinais e sintomas da dengue as pessoas devem procurar qualquer unidade de saúde para um diagnóstico, mas desta que as unidades do Bambe/Campo Novo e Vila Vicente estão atendendo até as 20h.
“Atendemos todos os dias denúncias de locais com possíveis criadouros para dengue. As pessoas podem ligar para denúncias no 3756-8000 ramal 2058. A empresa Biolife tem nos ajudado muito no combate à dengue fazendo controle larval e com carro fumacê percorrendo todos bairros e distritos do município”, destaca.
Cuidados
A hidratação oral realizada de forma precoce, seja com água, sucos, chás ou soro caseiro, ajuda a evitar o desenvolvimento da causa mais grave das doenças, em especial da dengue, uma vez que as infecções causadas pelas arboviroses provocam uma resposta inflamatória que pode levar à saída de líquidos de dentro dos vasos sanguíneos em diferentes graus e quantidades, e provocar a desidratação. Só há uma exceção: bebidas alcoólicas.
Segundo o Ministério da Saúde, para os pacientes com dengue, o volume total de líquidos ingeridos para hidratação varia de três a quatro litros para uma pessoa com 50 kg, e até seis a oito litros para alguém com 100 kg. Para crianças, essa média varia de meio litro para crianças com 10 kg até dois litros, para crianças de 40 kg. Por isso, a importância de iniciar a hidratação em casa e buscar pelo atendimento médico, que indicará a quantidade ideal para cada caso.
“Os médicos e enfermeiros das unidades de saúde poderão ainda orientar de forma mais precisa quais condutas o paciente deverá tomar em caso de suspeita de alguma das arboviroses. Por isso, pedimos e reforçarmos que, ao surgimento de qualquer sintoma como febre, dor de cabeça, dor no fundo do olho, dor muscular, dor abdominal, dor nas articulações, procure o atendimento médico”, informa a Sesa.
Os cuidados com a limpeza devem ser mantidos, uma vez que são aliados da população para a eliminação de possíveis focos e criadouros do mosquito, como varrer bem os quintais e colocar areia em pratinhos de plantas. Além do uso de repelentes como medida de proteção contra a picada do mosquito.
Atenção especial voltada às crianças em caso de dengue
O Aedes aegypti não faz distinção de idade, gêneros, tamanhos. E as crianças, em muitos casos, especialmente, aquelas que ainda não sabem falar, também correm risco de serem contaminadas.
Em relação à dengue, é importante que os pais e responsáveis estejam atentos a quaisquer mudanças no comportamento de crianças e adolescentes e aos sintomas por eles apresentados.
Na maioria das vezes, a doença pode se apresentar como uma síndrome febril com sinais e sintomas inespecíficos como apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos, diarreia ou fezes amolecidas. Nos menores de 2 anos de idade, especialmente em menores de 6 meses, os sintomas como dor de cabeça, dores musculares e dores articulares podem manifestar-se por choro persistente, fraqueza e irritabilidade, geralmente com ausência de manifestações respiratórias, podendo confundir com outros quadros infecciosos febris, próprios desta faixa etária.
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