Em março deste ano, a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) apresentou o primeiro diagnóstico da sua rede de ensino, feito com alunos do 2º ao 9º anos, através projeto Educação em Movimento, feito com alunos das 31 escolas municipais e os dados foram considerados um verdadeiro ‘tsunami’ sobre o aprendizado, depois de dois anos de pandemia de Covid-19.
Em junho, em outra reunião de avaliação, a secretária Delma do Carmo Ker e Aguiar foi bem clara: “A reunião de hoje não é das mais confortáveis, o motivo de estarmos aqui é por causa das enormes dificuldades causadas pela pandemia”, disse ela logo na abertura dos trabalhos.
Após exibir um vídeo em que procurava mostrar a questão da ‘invisibilidade’ de algumas pessoas, na tentativa de mostrar que os educadores e educadoras terão que fazer um grande esforço para ajudar as crianças a recuperarem o tempo perdido na pandemia, ela passou a exibir os comparativos entre o diagnóstico feito em março e a primeira avaliação, feita agora.
“Nós temos consciência de que nós caímos, mas precisamos nos reerguer, nos recuperar”, disse ela sobre o resultado da avaliação do Saeb/Ideb que será realizada ainda este ano.
A certeza se dá pelo resultado da avaliação obtida tanto nas escolas do interior quanto as urbanas. Praticamente nenhuma delas atingiu um nível satisfatório de aprendizado.
A medição se faz em três níveis: abaixo do básico, básico e adequado. E na avaliação apresentada ontem a maioria das escolas, sequer tinha alunos dentro do ideal, ou seja, no nível adequado de aprendizagem e, mesmo no nível básico a situação não é das melhores.
Nesta quarta-feira, 14, a secretária reuniu novamente o corpo docente, cerca de 100 professoras, pedagogas e diretoras de escola, além da equipe do projeto Educação em Movimento e disse que as notícias são boas.
“Estamos felizes com o resultado alcançado na segunda avaliação, mas não estamos satisfeitos. Como disse o Barak Obama, um dos homens mais influentes do mundo, ‘precisamos entender somos nós mesmos os que estávamos esperando. Somos a mudança que buscamos.’”
“Nossa esperança é que professores e pedagogos consigam identificar onde podemos melhorar. Mudar o que é preciso e nós temos que dar a essas crianças a oportunidade de futuro. Elas dependem de nós”, disse.
“Com essas avaliações do nosso desempenho, podemos ver onde tivemos mais fragilidades, saber como podemos crescer, como podemos melhorar nosso desempenho. O número de professores novatos na rede aumentou muito, professores que não têm experiência, que precisam de orientação e nós, que somos mais antigos, diretores, pedagogos, temos que apoiar, lapidar as ideias dos novatos”, explica.
Para Delma, o ano de 2022 será um ano muito complicado na rede municipal de ensino, exigindo muita dedicação dos profissionais e a preparação para o ano que vem, quando os problemas poderão ser mitigados.
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